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sexta-feira, 2 de julho de 2010

REFLEXÕES TEÓRICO EDUCACIONAIS

Os fundamentos teóricos da educação constituem as bases para a compreensão das dimensões do fenômeno educativo ao longo da história da educação e da escola do ponto de vista histórico, filosófico, sociológico e psicológico. Trazem à luz os conhecimentos pedagógicos historicamente produzidos e sua reflexão sobre os mesmos, situando o homem como sujeito que se mobiliza na história do seu desenvolvimento educacional e mobiliza-se com esta mesma história, mediado pelas transformações do mundo e de si.

A prática pedagógica deve acontecer de maneira encadeada com os fundamentos teóricos da educação, as metodologias de ensino e a leitura que se faz sobre a realidade vivida da escola, da comunidade, do aluno e demais contexto relacionados para que se constitua uma prática pedagógica coerente e consistente e que objetive o desenvolvimento de uma formação cidadã. O processo de reflexão sobre a validade ou não das práticas pedagógicas frente à leitura do real é um elemento indispensável ao posicionamento do educador, pois dentre outros pontos lhe possibilita observar o grau de pertinência entre as vivências evidenciadas no contexto educacional e o planejamento desenvolvido, propondo-se sempre a repensar a ação pedagógica, por meio de um plano flexível, que atinja objetivos convencionados, mas que não despreze as peculiaridades de sua realidade.


quarta-feira, 5 de maio de 2010

PROJETOS



















Os projetos são inerentes à condição humana, desejosa de recriar, reinventar, reiniciar. Em termos de práticas pedagógicas, o projeto está ligado a novas formas de ensinar e de aprender, introduzindo novos con
ceitos, novas formas de pensar, de agir e de se relacionar, afetando todos os sujeitos do processo educativo. Com a pedagogia de projetos, o aluno aprende a “fazer, fazendo”, aprende à medida em que produz e que reelabora conceitos e cria relações.

Neste processo, como fica o professor? Este se torna o mediador que faz o acompanhamento do processo e guia o aluno, dando-lhe segurança. Cabe ao professor criar situações de aprendizagem que propiciem diferentes tipos de conhecimentos e que motivem as relações interpessoais.

Quanto aos projetos, não há um modelo ideal. O importante é que estejam adequados à realidade dos alunos, tratem de problemáticas de seu interesse e que levem à compreensão, sistematização, formalização e reelaboração de conceitos, numa proposta de trabalho construcionista. Os projetos pedagógicos devem contribuir para aprendizagens significativas.






sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desenvolvimento e aprendizagem

Para Vygotsky, a aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida do indivíduo.
O nível de desenvolvimento mental de um aluno não pode ser determinadas apenas pelo que consegue produzir de forma independente, é necessário conhecer o que consegue realizar, muito embora ainda necessite do auxílio de outras pessoas para fazê-lo.
O estudante é percebido como aquele que aprende os valores, linguagem e o conhecimento que seu grupo social produz a partir da interação com o outro, no caso, o professor.
A aprendizagem é entendida como fundamental ao crescimento, adaptação e desenvolvimento dos processos de interação social dos estudantes.

VYGOTSKY

EDUCAÇÃO






















"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria."
Paulo Freire





Paulo Freire mostra que ensinar não é transmitir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a produção do saber. Ensinar exige muitos fatores, estes são citados de forma clara e conclusiva. Uma das primeiras exigências é a rigorosidade metódica, o Educador norteando-se por este saber deve reforçar a capacidade crítica do educando auxiliando-o a tornar-se criador, investigador, inquieto, rigorosamente curioso, humilde e persistente.
Ensinar exige ética, e estética, a prática educativa tem a obrigação moral de ser um testemunho rigoroso de decência e de pureza, o professor não pode estar longe ou fora da ética por ser portador do caráter formador, o ensino dos conteúdos não podem estar alheios a formação moral do educando. Ensinar exige também a corporeificação das palavras pelo exemplo, quem pensa certo tem consciência que palavras nada valem se não forem seguidas do exemplo. Pensar certo é fazer certo.






Fonte do texto: http://pt.shvoong.com/books/470147-pedagogia-da-autonomia-paulo-freire/

João Pestalozz

Nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em 1827. Exerceu grande influência no pensamento educacional e foi um grande adepto da educação pública.


Alguns Princípios Educacionais de João Pestalozzi
O desenvolvimento é orgânico, sendo que a criança se desenvolve por leis definidas; a gradação deve ser respeitada; o método deve seguir a natureza; a impressão sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa; o professor é comparado ao jardineiro que providência as condições propícias para o crescimento das plantas.
A crença na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social.
Fundamentação da educação no desenvolvimento orgânico mais que na transmissão de idéias memorizáveis.
A educação começa com a percepção de objetos concretos e conseqüentemente com a realização de ações concretas e a experimentação de respostas emocionais reais.
O desenvolvimento é uma aquisição gradativa, cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo.
Conceituação de disciplina baseada na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor.
Introdução de novos recursos metodológicos.
D
eu impulso à formação de professores e ao estudo da educação como uma ciência.

Friederich Froebel

Nasceu na Alemanha em 1782 e falesceu em 1852.

O criador dos jardins-de-infância defendia um ensino sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da práticaO alemão Friedrich Froebel foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas – idéia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor. Froebel viveu em uma época de mudança de concepções sobre as crianças e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos. “Ele procurava na infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social”, diz Alessandra Arce, professora da Universidade Federal de São Carlos. As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem. Não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo. Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século 20.




FERNANDES HERNÁNDEZ





A proposta de Hernandez é a de reorganizar o currículo por projetos, realizados por alunos e professores.


Questiona a forma atual da educação no mundo e, ao descrever sua proposta, afirma que, além do tema, alguns outros pontos são fundamentais para fazer dos projetos de trabalho uma proposta de fato inovadora, capaz de promover transformações significativas na cultura escolar.



Hernández ainda esclarece que “os projetos de trabalho significam um enfoque do ensino que tenta ressituar a concepção e as práticas educativas na escola, e não simplesmente readaptar uma proposta do passado, atualizando-a” e propõe que o docente abandone o papel de "transmissor de conteúdos" para se transformar num pesquisador.


Em sua proposição de trabalhar por projetos, Hernández aborda os seguintes aspectos: Para trabalhar por projetos, é necessário definir e tornar público o tema, estabelecendo o quê e como se quer pesquisar; é importante entender que o professor também é um aprendiz, tanto dos conteúdos e quanto dos processos; que deve-se questionar uma versão única da realidade e buscar diferentes relações possíveis entre os fatos; mesmo que se use como base uma proposta de projeto já existente, este nunca acontecerá da mesma forma; deve-se aprender a escutar os outros, valorizando o debate como forma de aprendizagem; deve-se procurar esclarecer que há várias formas de aprendizado e cada um pode e deve avaliar a forma como aprende; compreender que a organização curricular por disciplinas não é a única forma possível de organizar a educação; que todo aluno pode encontrar seu espaço e seu papel em um projeto que preveja a contemplação da diversidade do grupo e a contribuição de cada um e entender que o fazer, a atividade manual e a intuição também são importantes formas de aprendizagem.





MARIA MONTESSORI


Maria Montessori nasceu na Itália em 1870, na cidade de Chiaravalle. Foi uma pedagoga que renovou o ensino, desenvolvendo um peculiar método que ficou mundialmente conhecido como método.


Para Maria Montessori o conceito de educação está relacionado com o conceito de criança: um ser capaz de crescer por si mesmo; um ser diferente do adulto; um ser com necessidades próprias, original e único; um ser que precisa de ajuda adequada e oportuna; um ser capaz de aprender naturalmente.

O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.


OVIDDE DECLORY

Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos – que inclui o chamado método global de alfabetização – e dos centros de interesse.

O princípio de globalização de Decroly se baseia na idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. O modo mais adequado de aprender a ler, portanto, teria seu início nas atividades de associação de significados, de discursos completos, e não do conhecimento isolado de sílabas e letras.

Os centros de interesse são grupos de aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes. Eles também foram concebidos com base nas etapas da evolução neurológica infantil e na convicção de que as crianças entram na escola dotadas de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse. “A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo”, escreveu Decroly.